UM QUARTO SÓ SEU, VIRGINIA WOOLF (Tradução Isabel Castro Silva)

 


É sempre um prazer ler alguém muito inteligente.
Virginia Woolf é certeira no diagnóstico e original na forma. Em alguns aspectos, visionária.

Não sei se mais alguém partilha da experiência, mas quando a leio (à Virginia), ouço-a na minha cabeça com um tom e voz muito particulares, diferente de todos os outros escritores: um tom sonhador, pausado, vagaroso mesmo, que deambula, como uma agulha que volteia para unir.

500 libras e um quarto só seu:

"Aqui Mary Beton emudece. Ela disse-vos como chegou à conclusão - à prosaica conclusão - de que e necessário ter quinhentas libras por ano e um quarto com fechadura na porta para se escrever ficção ou poesia. Tentou desvelar os pensamentos e impressões que a levaram a pensar assim. Pediu-vos que a seguissem a cair nos braços de um bedel, a almoçar aqui, a jantar ali, a fazer desenhos no British Museum, a tirar livros da prateleira, a olhar pela janela."

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