FLORES

O mais importante é o princípio, o meio e o fim.

Comprei dois vasos de flores. Porém, os meus receios confirmaram-se: ao fim de um dia começaram a morrer. Reguei-as. Em consequência, secaram em caíram. Eu sabia que não devia as devia ter comprado. Não sei cuidar delas. Agora é de vez: não voltarei a fazê-lo. No jardim há flores e da minha janela vejo o jardim. Sentado na mesa da cozinha, de boca entreaberta, olho através do vidro empoeirado, redoma dos meus estéreis cuidados. Algumas folhas e flores secas jazem no parapeito da janela e no chão, junto aos vasos. Acendo um cigarro – os meus dedos em chamas. No jardim, e nos baldios para além deste, as flores prosperam sem cuidado.

A beleza não é cativa.