SEMÁFOROS
A noite está perfeitamente quieta,
Ruídos sussurrados pelo frio,
embrulhados em papel de jornal.
Pelo canto do olho o semáforo fica verde.
Um halo de rebuçado, repetido ao longo da avenida.
Logo mordido em falso rubi
num balanço displicente, sem clientes.
Durante o dia, não me parecem tão poéticos
os semáforos.
Não sei se vingam agora pela inutilidade,
pela persistência,
ou pelo obscuro contraste da noite.
Talvez apenas pelo seu remanso
refastelado, longe do eczema do dia.
Comentários
Enviar um comentário