PODER
O exercício do poder pela
força – o único exercício real de poder – é terrível. A submissão é afinal um
ato de amor. Uma farsa em que nos poupamos.
Uma vez estabelecido pela
força, o poder vive da memória e da antecipação. Vive do medo. Mas torna-se
depois um hábito, cuja origem caiu no esquecimento – tal como acontece a tantas
paixões que se tornam amores.
Numa submissão sem violência
ou medo, o elemento ativo é de fato o submisso. É ele quem aceita o poder do
outro. Não o outro que o impõe a ele.
Porque razão aceitamos o
poder dos outros? Porque razão exercemos ou não o nosso poder sobre os outros?
Porque razão amamos os outros?
Comentários
Enviar um comentário