FRAGILIDADE



Agitadas pelo vento, as tuas pernas oscilam. Os teus braços não sabem e os olhos mordiscam o ar. Como uma ninfa interrompida agitas-te. Como um inseto malformado, desadequado. E nem um beijo te poderá salvar. Pegas fogo e iluminas o mundo com a tua fragilidade. E a luz em quem ardes é tão pura, que toda a tua lasciva obscenidade, toda a tua doce degradação, é água benta na nossa testa.

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