PREFERIAS SER FELIZ?


Exaustão total. A minha mente não consegue estar alerta mais do que 5 minutos por dia. Tudo o resto é uma névoa. E lá dentro um vazio. Apenas um vazio. Nada mais.

Ao contrário do que se possa pensar, não há nada a retirar da tristeza. Há apenas um vácuo. É da paixão que tudo floresce. Por vezes, não é fácil distinguir as duas. Pois toda a paixão comporta uma certa mágoa. Da mesma forma que comporta um certo carinho, um certo ódio, uma certa loucura. Tudo se confunde e toca. Nada é estanque. E, por isso, é demasiado difícil de discernir. Talvez – sempre esta palavra – seja isso que torna a vida suportável – o facto de não a conseguirmos compreender; de não percebermos o que andamos aqui a fazer. É a antecipação de uma compreensão que nunca chega. Da mesma forma que o amor sempre adiado cria uma adorável tensão, muito mais intensa e agradável do que a sua dissipação.

A felicidade é uma espécie de morte. Não há qualquer movimento. A respiração tende para zero – por instinto de conservação. E a mente transforma-se num delicioso pudim amorfo.

Preferias ser feliz?

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